Tramas Urbanas AL

Medellín, ColÔmbia

Medellín é a capital do departamento de Antioquia e segunda maior cidade da Colômbia, depois de Bogotá. Está dividida em 16 comunas (zona urbana), com 271 barrios,  e 5 corregimentos (zona rural). É  uma cidade com extensão territorial mais próxima da cidade de Buenos Aires, mas com densidade populacional menor, como a cidade de São Paulo.

2.6
milhões de pessoas
376.4 km²
extensão territorial
7050
hab/km²
Comuna 2

Comuna 2

Os asentamientos precarios são áreas territoriais urbanas e rurais que apresentam condições de desenvolvimento incompletas e inadequadas em termos de acesso efetivo a bens e serviços públicos e sociais considerados essenciais para satisfazer necessidades e aspirações pessoais e coletivas, como educação, saúde, habitação, trabalho, ambiente saudável, segurança humana, informação e participação, gerando condições de baixa qualidade de vida e situações de iniquidade e exclusão social.

Concentram-se nos comumente denominados barrios  populares ou barrios de ladera, os quais, por sua vez resultam da combinação de loteos piratas e invasiones.

Para fins de planejamento da política urbana e habitacional, diferentemente do observado em São Paulo e Buenos Aires, são classificados não segundo sua origem (com limites cada vez mais difíceis de serem traçados), mas em relação aos níveis de inadequação a sanar e o tratamento urbanístico planejado: Mejoramiento Integral (MI) e Consolidación Nivel 3 (CN3), os quais requerem a elaboração de Projetos Urbanos de Regularização e Legalização Urbanística.

Os assentamentos precários ocupam 2.588,89 ha, isto é cerca de 6,79 % do total da área do município e de 22,92 % da área urbana (PEHMED 2030). Estima-se que os assentamentos precários abranjam cerca de 33% dos domicílios em área urbana. 

Os loteos piratas se assemelham aos loteamentos irregulares de São Paulo, trata-se de loteamentos abertos em propriedade particular ou ilegalmente apropriada, com vias para circulação e futura expansão de redes de serviços, que em geral não seguem as normas urbanísticas, e que, portanto, foram comercializados sem a aprovação do poder público.

As invasiones se assemelham às favelas de São Paulo ou villas de Buenos Aires, caracterizam-se pela inexistência de propriedade da terra e trama urbana sem regularidade aparente, resultante de processos espontâneos de ocupação do solo.

É o tratamento indicado para os assentamentos que apresentam: degradação crítica do meio ambiente; ocupação irregular e uso inadequado do solo; áreas de risco natural e antrópico e de proteção ambiental; carência de serviços públicos domiciliários, especialmente de água potável e saneamento; desarticulação dos sistemas de mobilidade e transporte; déficit de espaço público e densidades elevadas; baixa cobertura e qualidade de equipamentos coletivos e serviços de educação, saúde, cultura, esporte e lazer;  e condições inadequadas de habitabilidade.

  • 26 polígonos em solo urbano e cerca de 1.103 ha (ISVIMED, 2019)
  • Cerca de 85.681 domicílios (DAP, 2015)

É o tratamento indicado aos setores, geralmente de grande densidade habitacional, que apresentam provisão insuficiente de infraestrutura, espaço público e equipamentos.

  • 41 polígonos em solo urbano e cerca de 1.445 ha (ISVIMED, 2019)
  • Cerca de 167.332 domicílios (DAP, 2015)