Tramas Urbanas AL

Co-produção na pesquisa com comunidades

O eixo central da plataforma são as pessoas e os territórios. Nas comunidades que compõem a ‘Tramas Urbanas’ foram estabelecidas parcerias com organizações e/ou coletivos locais comprometidos com a produção de informação sobre a história e realidades dessas comunidades. Destacam-se a UNAS – União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (São Paulo), a Mesa Activa por la Re-Urbanización de Villa 20 (Buenos Aires) e a Corporación Mi Comuna (Medellín). A plataforma ‘Tramas Urbanas’, portanto, soma-se aos esforços contínuos já existentes nas próprias comunidades, articulando-os.   

Trabalhar com pesquisadores dessas organizações comunitárias foi uma escolha para garantir que essas exercessem controle tanto sobre os resultados como sobre o processo de produção e registro das trajetórias de cada comunidade. As linhas do tempo apresentadas resultam do encontro entre pesquisadores acadêmicos, organizações das próprias comunidades e moradores. Representam um dentre muitos resultados possíveis, uma vez que são numerosos e heterogêneos os coletivos e organizações existentes em cada um dos territórios representados.

Estimular o diálogo e discussão acerca das contribuições da história para o presente e o futuro.

Metodologia

Bases de dados sobre as políticas de intervenção

Solicite

A pesquisa que deu origem a essa Plataforma explora como a ação governamental tem mudado com relação aos assentamentos populares na América Latina e o tipo de solução de política pública que tem permitido sua consolidação e integração urbana. A escolha das três cidades estudadas (Buenos Aires, Medellín e São Paulo) se deu a partir do reconhecimento de políticas dessa natureza em escala municipal nas últimas décadas.

As linhas do tempo das políticas públicas municipais e nacionais direcionadas a assentamentos populares em São Paulo, Buenos Aires e Medellín foram elaboradas a partir da sistematização bibliográfica, complementada por entrevistas com profissionais que tiveram um papel relevante na implementação da política, em geral, e especialmente nos territórios destacados pela plataforma.

As informações foram organizadas de acordo com as seguintes categorias: instituição, legislação e plano, programa e projeto. A escala local ou municipal foi privilegiada e relacionada a marcos relativos à política habitacional e urbana na escala nacional ou federal.

A escolha das comunidades em cada cidade obedeceu a dois critérios: A existência de intervenções vinculadas a diferentes momentos e abordagens dentro da política municipal e o  estabelecimento de vínculo com uma organização local que se interessasse pelo projeto da Plataforma.

As linhas do tempo das comunidades foram construídas com base em sistematização bibliográfica, ao material produzido por organizações locais, percursos, conversas e entrevistas com moradores e lideranças de cada comunidade. Além disso, em Heliópolis, também foram realizadas duas oficinas e em Villa 20, uma roda de conversa.

As informações, referências espaciais e simbólicas e relatos foram organizados de acordo com as categorias: surgimento, histórico do movimento, episódios de resistência, intervenções no território, equipamento público, propriedade/posse da terra, violência, equipamento de lazer e planos locais.

Desde o início, a Coletiva Enxame contribuiu para a elaboração do projeto através do desenvolvimento de metodologias direcionadas para produção de website. A contribuição da Coletiva foi essencial principalmente na etapa de Ideação Coletiva da plataforma digital, isto é, da metodologia de co-criação da proposta do ambiente virtual, com a estruturação dos conteúdos (arquitetura das páginas) e orientações para a identidade visual do projeto. Levando em consideração as diferentes comunidades envolvidas e os distintos idiomas e a necessidade de realização da atividade de forma virtual, a Coletiva Enxame elaborou uma metodologia e dinâmica que contemplasse a diversidade dos participantes de modo a garantir a comunicação e interação entre todos. A tradução simultânea nas oficinas durante essa etapa foi essencial para o sucesso dos resultados alcançados. 

Ficha técnica

Concepção do projeto, coordenação e pesquisa

Camila Saraiva (UFABC)

Dânia Brajato (UFABC)

Pesquisa e entrevistas nas comunidades

Christian López (Mazo – UdeA / Corporación Mi Comuna 2)

Luciano Lima (Movimento Sem Teto de Heliópolis/UNAS)

Marcos Antônio Chinchilla (Espacio de los Jueves/Mesa Activa por la Re-Urbanización de Villa 20)

Comunicação, facilitação gráfica e apoio metodológico

Coletiva Enxame: Midori Hamada e Natália Mamblona

Apoio Pesquisa e sistematização

Angélica Santamaría (UFABC), Felipe Moreira (USP), Gabriel Machado (UFABC), Gildivan Felix (UNAS), Lucas Manoel da Silva (Movimento Sem Teto de Heliópolis/UNAS), Lucca Franco (UFABC), Manuel Otaviano (Movimento Sem Teto de Heliópolis/UNAS) e Matheus Graciosi (UFABC)

Participação em oficinas e entrevistas 

Heliópolis 

Adeilva Delmondes de Santana, Aline da Silva Isaías, Antonia Cleide, Ariadne de Lima Damasceno, Deise Almeida dos Santos, Douglas Cavalcante, Fabio Roseira, José Genário Pereira de Araújo, Kátia Rodrigues Martins Roseira, João Albino Rodrigues Martins Roseira, João Miranda, Joaquim José Santana Neto, Josilene Dias dos Santos, Maria do Carmo Galvão de Souza, Marilene Rosa da Conceição, Mércia Maria Ribeiro, Raissa Teixeira Genu, Reginaldo Gonçalves, Sabrina Santos, Solange de Paula Pinto, Stephany de Novais Rocha e Teresa Maria Rodrigues.

Villa 20

Alba Martinez, Arnaldo Rafael Videla (in memoriam), Clara Daiana Insfran Avalos, Constantina Gutiérrez Copa, Ema Ruiz, Johana Benítez, Ivana Navarro, Jorge Roberto Bordón, Leila Caliente, Leonidas Manuel Chaparro, Rosalina Ferreira Diaz, Victor Jorge Sahonero, Yamila Andrea Dubinsky.

Comuna 2

Angela Álvarez Hernández (Moscú 1), Duván Londoño (Villa Niza), Jorge Crespo (Villa del Socorro), Luz Marina Gómez – “Zarca” (La Francia), Marlene Castañeda (Santa Cruz – parte alta), Marta Cardona (La Frontera), Rafael Augusto Restrepo Agudelo (Villa Niza),  Teresa Arbeláez (Villa del Socorro).

Interpretação e tradução das oficinas de ideação

Angélica Santamaría e Instituto Dialética

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